A
falência do sistema carcerário com missa
de sétimo dia atrasada e a morosidade da
nossa Justiça são as maiores motivações
para a ORDEMBRASIL encampar a defesa dos presos,
amontoados aos milhares em nossas prisões,
cuja crueldade de suas condições sub-humanas de
existência, sem assistência médica, social
ou jurídica, nem mesmo a menor chance de
recuperação são objeto da censura de todo
o mundo civilizado, das igrejas e das
entidades internacionais de proteção aos
direitos humanos, a exemplo do Carandirú, entre muitos outros.
Dentro em poucos anos, a guerra civil das
ruas do Rio de Janeiro e São Paulo terá
atingido o resto do Brasil, podendo inclusive
ameaçar a estabilidade política e
econômica do país, conquistada após tantos
planos econômicos
mirabolantes.
As nossas autoridades civis e
militares convivem com a essência do problema e
não estão indiferentes ante as
informações da existência de verdadeiros
exércitos particulares baseados ao redor do
Brasil na floresta amazônica, talvez até na
Amazônia brasileira, financiados com o
dinheiro do narcotráfico mundial e
permanentemente treinados e assessorados por
organizações terroristas internacionais bem
conhecidas dos quatro cantos do mundo. Criminalidade que possui seu lobby bastante
atuante no seio das nossas instituições
mais altas, interferindo mesmo nos projetos
de controle e defesa estratégica da região
amazônica, ameaçando a nossa soberania
sobre mais da
metade do território brasileiro.
Até há poucas décadas não existia tanto
crime organizado no Brasil, no entanto, hoje
em dia nos chegam notícias de adolescentes
empunhando armas de guerra. Utilizam contra as polícias
armamentos militares de tecnologia tão
avançada que nem as tropas regulares das
nossas forças armadas possuem. Além disso,
são treinados para matar profissionalmente. Menores que
já nutrem sentimentos de requintada
perversidade e sem quaisquer escrúpulos para
agir, com treinamento de guerrilha, camuflagem e sobrevivência dignos de
fazer inveja à comunidade de informações.
Onde esses jovens, muitas vezes analfabetos,
aprenderam a utilizar essas técnicas e
esse tipo de equipamento? Seus
instrutores, por quem foram treinados?
Propomo-nos a oferecer aos condenados uma
alternativa para o crime de modo que para ele
não retornem. Por outro lado, enquanto
estiver entregue em mãos do Estado, o preso
deve ser trabalhado para ser regenerado, mas
acontece o contrário. Quando deixa a prisão,
o indivíduo invariavelmente traz dentro de
si ainda mais revolta contra a sociedade. O
Estado, enquanto é seu anfitrião, dá-lhe o
principal alimento, ou seja, o motivo para
continuar na vida do crime, traficando,
roubando e matando. Não
temos empregos para todos. Não se trata de
dar aos presos tratamento especial
como dizem alguns, minimizando o assunto, pois, ao saírem
das cadeias voltam para as ruas para fazer a
única coisa que sabem, num país onde o
salário não compensa.
É preciso começarmos a buscar os resultados de que a sociedade precisa.
Os recursos que hoje são destinados a esses
programas são suficientes para começar a
resolver o problema que é muito mais
estrutural e político que financeiro.